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quarta-feira, dezembro 16, 2009

É SÓ O COMEÇO.

É SÓ O COMEÇO.

Na terça, 6, ainda sonolento ouvia o deputado Dalto convidando o povo para a audiência com o Sr. Paulo Lisboa, gerente geral da mineradora que teria pago propina a deputados do parlamento estadual. Em questão de hora e meia tomei assento na galeria da casa.
Bonfim, Adriano e eu nos posicionamos de forma a “radiografar” o poder num de seus momentos de depuração. Conheceríamos o acusado ou acusados, digamos, olho no olho.
Cercado de pompa o tal senhor Paulo Lisboa iniciou sua fala afirmando que todos os deputados da casa eram digníssimas excelências, o mesmo não podendo dizer do Jornal do Dia, do Sr. Luiz Pereira, Sra. Inerine Pereira, Sr. Otaciano Jr, Sr. Catanhede. Desculpassem, mas sobre o Dr. Cícero Bordalo Jr só tinha a dizer cobras e lagartos. E disse.
O homem seguiu falando de achaques e chantagens, uma delas da monta de 6 milhões de reais. Indagado sobre o nome do chantagista disse tratar-se de “alguém da inteligência do governo”. Um tal Assis - descobriu bem depois.
Adiante olimpicamente Lisboa disse que sua empresa não pagava propina, como o comprovava o Relatório de Prestação de Contas apresentado ao Ministério Publico Estadual, como se em tal documento fosse detalhar tal paga se tivesse havido.
Com certa “altivez” o homem ofereceu um dvd “probatório” e ilustrativo do que dizia em depoimento, apenas dispusesse de quatro horas quem realmente quisesse ver as provas da “muvuca” que o Jornal do Dia noticiara.
Cá com meus botões! O Amapá só perde com esse tipo de coisa, semelhante em parte ao que ocorria no período do governo do Sr. João Alberto quando todos os dias se produzia um factóide direcionado à sustentação das teses de cerceamento do poder e do governo, sempre sitiados por narco-jornalistas, narco-magistrados, narco-deputados e narco-lobistas.
Felizmente o deputado Jorge Amanajás, antes que o galo cantasse uma terceira vez, assumiu efetivamente a condição de deputado-presidente da Assembléia Legislativa “convidando” o Sr. Lisboa a comprovar suas acusações em plenário.
Com tal atitude de magistrado Jorge simplesmente pingou os is e botou ponto final nos estragos midiáticos que o caso já produzia. O imbróglio passaria a ser administrado pela Assembléia Legislativa, mas de dentro para fora – eis a diferença.
Mérito do deputado e pontos para o pré candidato Jorge Amanajás, que se mostrou, dessa forma, preparado para disputar o cargo de governador. O deputado Jorge teria sofrido grande baixa nessa sua pretensão se tivesse usado mão de gato para tirar essa castanha do fogo.
Notas: 1-Quanta dignidade se pode ver numa parada de ônibus simples e bonita como as que já se vêem por aí por iniciativa da administração Roberto Góes. Por que tanta humilhação ao povo e por tanto tempo e por tão pouco. 2-Pena que já se esgota o tempo de Waldez, Roberto e Gilvam: até aeródromo nas várzeas do Bailique eles estão fazendo. Realmente há diferença entre parceria e gogologia. Voto em Gilvam e Waldez para qualquer coisa – agora e em 2014.

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