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sexta-feira, janeiro 15, 2010

16 JAN - D. POSITIVO (HAITI)

16 JAN D. POSITIVO




EDITORIAL:

O HAITI MAIS PERTO DE NÓS.



Estamos sem palavras que traduzam bem toda extensão dos nossos sentimentos de solidariedade ao povo haitiano, em face de perdas tão terríveis. Foi provação demais essa enorme destruição causada pelo terremoto que botou no chão a cidades de Porto Príncipe, como ocorreu a Galenk e Izmit, na Turquia em 1999. O que vimos foi o retrato de escombros e debaixo milhares de pessoas, milhares de cadáveres.

Emocionam essas cenas tristes, nos faz chorar imagens de crianças como a de Peia, e de homens já muito maduros vasculhando ruínas em busca de seus valores, às vezes alguma fotografia, uma sandália, um chapéu, qualquer coisa que fique como lembrança material dos pais, da esposa, filhos, parentes e amigos mortos e sepultos sob aquelas montanhas de escombros.

Tomara, perante a desgraça, seja o povo haitiano tornado preferencial por causa da pobreza e do direito que convencem tratar-se de pessoas donas de um país transformado em altar por causa da dor e em templo por causa da fé no futuro, que haverá de sustentá-las. Dessa vez o mundo vai perceber esse seu pedacinho.

O Haiti de que sempre ouvi falar é uma terra de valentes, povo capaz das grandes vitórias contra a tirania e de sacrifícios pela sobrevivência mais comezinha, umas que triunfam outras que, ao final, purificam. Olhando o povo haitiano pelos olhos desse terremoto o que vemos, na verdade, é um país e um povo parecidos com o oceano agitado que encanta e afronta, ou com um lago quieto que deslumbra e de repente transborda tragicamente.

E vendo, como a televisão tem mostrado, aquela gente posta nas ruas pela fúria do grande terremoto, mas ainda à espera de outros terremotos, somos forçados a admitir que pais, filhos, parentes, amigos haitianos por alguns dias não poderão pensar em nada concretamente, não terão palavras, ficarão vazios de sonhos, parecerão agora sim “homens sem alma”. Precisarão de ajuda.

Nós, brasileiros, conhecemos bem o peso das tragédias humanas sociais e econômicas que se abatem sobre os povos – as que vêm do furor da natureza e as causadas pelas mãos pesadas dos governos ruins, corruptos, que usurpam do país a capacidade de socorrer o povo em momentos assim.

Estejam certos os haitianos do Haiti e do mundo, principalmente os que possam estar entre nós aqui no Amapá que, agora, os brasileiros são mais seus irmãos que antes porque morremos juntos. Ficaram entre os mortos de Porto Príncipe alguns dos nossos soldados e mais uma santa brasileira: D. Zilda Arns. Somos uma grande nação cristã, temos sim, para os haitianos, solidariedade, fé no futuro, braços para o abraço , tudo em fim que saia de nós, rompa a distancia voando até seus lares, nos unindo no esforço de devolver-lhes a rotina da vida, a paz, o conforto espiritual e mesmo um pouco de prosperidade.

Tudo uma pena, um desperdício de vidas preciosas. Depois de passada mais essa indescritível provação ficará ao povo haitiano a elevada tarefa de recapturar a alma de sob os escombros. Foi também a cada cidadão desse pobre Haiti que o poeta Fernando pessoa disse: “Quem quer passar além do Bojador tem que passar além da dor...”.



O Anjo LAOVIAH é invocado contra as fraudes e para obter a vitória. Influencia os grandes personagens que marcaram a história e ajuda o homem a obter graças pelo seu talento natural. A ajuda deste anjo será fornecida através das experiências de vida.

Quem nasce sob esta proteção, poderá descobrir muitas coisas que usará de forma prática no dia-a-dia. Será célebre por seus atos, melhorando sua personalidade a cada nova experiência vivida. Terá por todos com os quais se relacionar, sentimentos fortes e duradouros, pois tem uma intensa capacidade para amar Enfrentará grandes desafios, tanto na vida sentimental quanto na vida profissional.

Profissionalmente fará sucesso em qualquer atividade, pois com sua coragem, nenhum obstáculo será suficientemente grande para detê-lo. Terá tendência para ser uma estrela no mundo político e na vida social. Poderá atuar como jornalista ou tornar-se um romancista célebre. Como hobby poderá dedicar-se à arte, à moda, à decoração e ao artesanato.

Categoria: Querubim Príncipe: Raziel Protege os dias: 30/03 - 11/06 - 23/08 - 04/11 - 16/01 Número de sorte: 7 Mês de mudança: julho Carta do tarô: O carro

Está presente na Terra: de 3:20 às 3:40 da manhã



Salmo: 17

Este salmo ajuda:



• a vitória contra fraudes e calúnias;

• os relacionamentos afetivos;

• a inspiração, criatividade, despojamento e humildade;

• a conscientização de que a força de vontade e a boa vibração de pensamentos são essenciais para se alcançar a felicidade



Ouve, Senhor, a justa causa; atende ao meu clamor; dá ouvidos à minha oração, que não procede de lábios enganosos. Venha de ti a minha sentença; atendam os teus olhos à eqüidade. Provas-me o coração, visitas-me de noite; examinas-me e não achas iniqüidade; a minha boca não transgride. Quanto às obras dos homens, pela palavra dos teus lábios eu me tenho guardado dos caminhos do homem violento. Os meus passos apegaram-se às tuas veredas, não resvalaram os meus pés. A ti, ó Deus, eu clamo, pois tu me ouvirás; inclina para mim os teus ouvidos, e ouve as minhas palavras. Faze maravilhosas as tuas beneficências, ó Salvador dos que à tua destra se refugiam daqueles que se levantam contra eles. Guarda-me como à menina do olho; esconde-me, à sombra das tuas asas, dos ímpios que me despojam, dos meus inimigos mortais que me cercam. Eles fecham o seu coração; com a boca falam soberbamente. Andam agora rodeando os meus passos; fixam em mim os seus olhos para me derrubarem por terra. Parecem-se com o leão que deseja arrebatar a sua presa, e com o leãozinho que espreita em esconderijos. Levanta-te, Senhor, detém-nos, derruba-os; livra-me dos ímpios, pela tua espada, dos homens, pela tua mão, Senhor, dos homens do mundo, cujo quinhão está nesta vida. Enche-lhes o ventre da tua ira entesourada. Fartem-se dela os seus filhos, e dêem ainda os sobejos por herança aos seus pequeninos. Quanto a mim, em retidão contemplarei a tua face; eu me satisfarei com a tua semelhança quando acordar. AMÉM!



¹-Aqui no Amapá também vivemos nossa tragédia particular: enterramos a Professora Risalva Amaral, soberana mesmo morta. ²- Fica sempre, um pouco de perfume, nas mãos que oferecem rosas, nas mãos que sabem ser generosas – ultima musica ofertada à Profª. Risalva pelo Apostolado da Oração, quando o caixão baixou à sepultura. ³- Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta, de sol quando acorda, de flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que balança gostoso numa tarde grande, sem agenda. 4-Vendo o corpo da Professora sendo devolvido ao pó renovei meu compromisso de pisar este chão com muito respeito. Novamente entendi que ao lado de pessoas como ela pode ser janeiro, mas parece a manhã de Natal do tempo em que a gente acordava ansioso por encontrar o presente do Papai Noel sobre o sapato deixado à noite debaixo da cama . 5-Hoje estou vivendo o primeiro dia dos meus 59 anos de idade: obrigado a todas as pessoas que fazem parte dessa minha vida. 6-Sou voluntário para o Haiti – é só convocar.





Bertold Brecht

Há homens que lutam um dia, e são bons; Há outros que lutam um ano, e são melhores;

Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons; Porém há os que lutam toda a vida

Estes são os imprescindíveis.



Do rio que tudo arrasta---- se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem.



O Vosso tanque General, é um carro forte ----. Derruba uma floresta esmaga cem Homens,

Mas tem um defeito - Precisa de um motorista .

O vosso bombardeiro, general É poderoso: Voa mais depressa que a tempestade

E transporta mais carga que um elefante. Mas tem um defeito - Precisa de um piloto.

O homem, meu general, é muito útil: Sabe voar, e sabe matar. Mas tem um defeito

- Sabe pensar





Nada é impossível de mudar



Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.

E examinai, sobretudo, o que parece habitual.

Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.



Procuram-se Poetas ! Inscrições até 20 Janeiro de 2010

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ABRAÇOS:

-TADEU – JOÃO – ERÔNIMO – EUCLIDES – P. SLVA – P. FIGUEIREDO – FROTA – PIERRE – ZAIDE – TELMA – P. TARSO – MARLENE – VIDAL – CLEUDA AMANAJÁS –BONFIM



COMENTÁRIOS:

-DESCARTE DE FACAS, CARROS

-CORREIOS – CARTEIROS PENDURANDO CORRESPONDENCIAS

-VICE PREFEITA

-PROF. ROSALVA

-ZILDA ARNS

-TURISMO COM VOOS

-MARCONDES PIMENTA X TRATAMENTO DISENSADO A DOENTES DE CANCER

-JULIANA X RODOLFO

-ALUNOS VÃO VALORIZAR O ESFORÇO DOS PAIS PARA MATRICULÁ-LOS?

-EMTU=ENTREVISTS DO JAIR NA GIRLENE

-COMANDANTE DA CAPITANIA QUER IR EMBORA E ESTÃO AJUDANDO....

http://cesarbernardo-finalmente.blogspot.com





REPÚBLICA DO HAITI (01/01/1804)

Animal-símbolo – tocoroco-hispaniola?, Hispaniolan Trogon (Priotelus roseigaster)

Lema – “L'UNION FAIT LA FORCE” (francês)

(“A União Faz a Força” – “La unión hace la fuerza”)

Haiti – Republic of Haiti – République d’Haïti – Repiblik d Ayiti (crioulo haitiano)

Capital – Porto Príncipe (Port-au-Prince).

Religião – Cristianismo 96,1% (católicos 80,3%, protestantes 15,8%), sem filiação 1,2%, outras 2,7%. A religião oficial é a católica, mas a influência africana é marcante em práticas religiosas como o vodu.

Moeda (numismática) – gourde. Código internacional ISO 4217: HTG. O gourde é a unidade monetária do Haiti e está dividida em 100 cêntimos. A palavra “Gourde” significa uma americana tropical evergreen that produces large round gourds...

O selo postal acima “Haiti” (WNS nº. UN322.06) foi emitido pela Organização das Nações Unidas (Post United Nations Vienna) em 5/10/2006 e compreende uma série de oito valores sobre “Coins and Flags”.

Ocupa o lado oeste da ilha Hispaniola (a República Dominicana tem os outros dois terços da ilha), no mar do Caribe. Seu relevo é montanhoso e a agricultura, a base de sua economia.

O Haiti é o primeiro território americano a ser descoberto por Cristóvão Colombo. Também é a primeira colônia de maioria negra a conquistar a libertação dos escravos, em 1794.

É o país mais pobre da América Central. Nos últimos anos apresenta ligeiro avanço na qualidade de vida de sua população. A taxa de analfabetismo, por exemplo, que em 1985 era de 62%, diminui para 55% em 1995.

História

A ilha Hispaniola é descoberta por Cristóvão Colombo em 06/12/1492. Os espanhóis ocupam, de início, apenas o lado oriental. No final do século XVI, quase toda a população de índios arauaques havia sido dizimada.

A parte ocidental da ilha, onde hoje fica o Haiti, é cedida à França pela Espanha em 1697 e renomeada Saint Domingue.

No século XVIII é a mais próspera das colônias francesas: graças aos escravos africanos, exporta açúcar, cacau e café. Foi entre 1795 a 1804, uma colônia francesa. Em 1844, a parte oriental da ilha tornou-se República Dominicana.

Ex-escravos no poder

Influenciados pela Revolução Francesa, os escravos – cujo número superava em dez vezes o de franceses e mestiços – rebelam-se em 1791 e três anos depois conquistam a abolição da escravatura.

O ex-escravo Toussaint L’Ouverture comanda em 1794 um exército local que defende a colônia contra forças inglesas e espanholas, ganhando para a França o domínio de toda a ilha.

Em 1801, Toussaint convoca uma Assembleia que o nomeia governador vitalício e promulga uma Constituição, mas logo depois é preso e enviado à França, onde morre.

No dia 07/04/2003 foi emitida uma série de 7 valores alusiva ao Bicentenário da Morte de Toussaint Louverture; abaixo um dos selos, com valor facial de 1,00 gourde, que mostra a inscrição: “7 AVRIL 1803 – BICENTENAIRE DE LA MORT DE TOUSSAINT LOUVERTURE – 7 AVRIL 2003”.

Os generais Jacques Dessalines e Alexandre Pétion expulsam definitivamente os franceses em 1803, e a independência é declarada em 1804.

Dessalines proclama-se imperador, mas, após seu assassinato, em 1806, o país se divide em dois, e a parte oriental (atual República Dominicana) é retomada pela Espanha.

Em 1822, o presidente Jean-Pierre Boyer consegue reunificar a Nação, mas a união não sobrevive a sua derrubada em 1844.

Para proteger seus privilégios comerciais no país, os EUA ocupam o Haiti entre 1915 e 1934, favorecendo a elite mulata haitiana, que vive em conflito com a população negra.

Duvalierismo

Após novo período de instabilidade, o médico negro François Duvalier é eleito Presidente em 1957 e instaura uma Ditadura baseada no terror dos “tontons macoutes” (bichos-papões), sua guarda pessoal, e no vodu – culto originário do Benin (África), semelhante ao Candomblé.

Presidente vitalício a partir de 1964, “Papa Doc”, como Duvalier fica conhecido, extermina a oposição e persegue a Igreja Católica. Sua morte, em 1971, conduz ao poder seu filho Jean-Claude Duvalier, o “Baby Doc”.

Ao final de 15 anos de desequilíbrio econômico e social, repressão política e corrupção, os protestos populares se intensificam e, em 1986, Baby Doc foge para a França, deixando em seu lugar uma junta chefiada pelo general Henri Namphy.

Aristide deposto

Sob nova Constituição realizam-se eleições presidenciais livres em dezembro de 1990, vencidas pelo padre de esquerda Jean-Bertrand Aristide. Empossado em fevereiro de 1991, Aristide é deposto em setembro em um golpe de Estado liderado pelo general Raoul Cédras.

A ONU e os EUA impõem sanções econômicas ao país para forçar a volta de Aristide que, em julho de 1993, assina um pacto com Cédras, em Nova York, prevendo seu retorno ao cargo. Em outubro, grupos paramilitares impedem o desembarque de soldados norte-americanos de uma Força de Paz da ONU no Haiti.

O crescimento do êxodo de refugiados haitianos para os EUA aumenta as pressões de Washington pela volta de Aristide. Em maio de 1994, o Conselho de Segurança da ONU decreta o bloqueio total ao país.

Os EUA denunciam como ilegal a manobra da junta haitiana que colocara o civil Émile Jonassaint na Presidência e em julho obtêm autorização da ONU para uma intervenção militar no Haiti.

Intervenção norte-americana

O ex-presidente e mediador dos EUA Jimmy Carter obtém um acordo com Cédras: em troca de anistia, os militares deixam o poder, e tropas norte-americanas entram no país em setembro de 1994 para assegurar o retorno à legalidade.

Aristide volta e reassume como presidente em outubro, escolhendo Smarck Michel seu primeiro-ministro. Em março de 1995, as forças dos EUA começam a ser substituídas por soldados da ONU. O Exército é dissolvido em abril.

O Movimento Lavalas – uma aliança de três partidos ligados a Aristide – ganha a maioria das cadeiras nas eleições legislativas de junho de 1995 e, em dezembro, seu candidato René Préval é eleito presidente com 87,9% dos votos.

Novo governo

A posse de Préval, em 07/02/1996, é a primeira no Haiti em que um Presidente eleito entrega o poder a um sucessor também escolhido em eleições. No final do mês, o economista Rony Smarth é aprovado Primeiro-ministro pelo Congresso.

Em março, Préval anuncia plano de privatizar as estatais, desencadeando uma onda de protestos. Em agosto, o Lavalas é responsabilizado pelo assassinato de dois líderes direitistas.

Aristide, que anuncia sua intenção de concorrer à Presidência no ano 2000, afasta-se do Lavalas e funda em novembro o movimento Família Lavalas.

Em janeiro de 1997, a República Dominicana decide expulsar os imigrantes ilegais haitianos, mas interrompe o envio diante dos protestos do Haiti à chegada dos primeiros 16 mil deportados.

No país crescem os protestos contra a adoção de um programa de ajuste e corte de gastos públicos acertado pelo Primeiro-ministro Smarth com o FMI.

Smarth sobrevive a um voto de desconfiança do Congresso, em março, mas a crise política se acentua, e menos de 10% dos eleitores votam nas eleições legislativas e municipais de abril.

Uma greve dos professores fecha as escolas do país, no qual o desemprego atinge 70% da população ativa. A fome se alastra no interior.

Smarth renuncia em junho, porém continua no cargo até outubro. Em julho, o contingente da ONU deixa o Haiti.

Em novembro, o Presidente Préval indica Hervé Denis para o cargo de Primeiro-ministro, decisão que ainda precisa ser ratificada pelo Congresso...

Contribuição brasileira – Em 2004, o governo do Brasil envia tropas do exército ao país para promover a paz e ajudar o povo haitiano (MINUSTAH)...

Selos são emitidos pelo Haiti desde 1881. O primeiro selo postal foi emitido em 1881 (Scott: 1, SG: 1), com valor facial de 1 cent, vermelho.

O primeiro selo comemorativo do país, emitido em 1929 (Scott: 321. SG: 305. Valor facial: 10 c, vermelho), marca a Assinatura do Tratado de Fronteiras entre o Haiti e a República Dominicana.

Afro-americanos e eurafricanos 96%, europeus meridionais 3%, outros 1% (1996), compõem a população de 7,4 milhões (1997) de nacionalidade haitiana. O idioma oficial é o francês e o crioulo, sendo que 90% da população fala crioulo haitiano (Haitian Creole) – um dialeto que combina o francês com vários dialetos africanos... talvez como nos territórios franceses de Guadalupe, Guiana Francesa e Martinica...





Hstória do Haiti

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Os primeiros humanos no Haiti, também conhecido como La Española' ou Hispaniola, chegaram à ilha há mais de 1000 anos aC, possivelmente 7000 aC. Em 5 de dezembro de 1492, Cristóvão Colombo ao viajar para o ocidente atingiu uma grande ilha. Mais tarde passou a ser chama de São Domingos; dividida entre dois países - a República Dominicana e o Haiti - , é a segunda maior das Grandes Antilhas, com a superfície de 76.192 km² e cerca de 9 milhões de habitantes. Com 640 km de extensão entre seus pontos extremos, a ilha tem formato semelhante à cabeça de um caimão (pequeno crocodilo abundante na região), cuja "boca" aberta parece pronta a devorar a pequena ilha de Gonâve. O litoral norte abre-se para o oceano Atlântico, e o sul para o mar do Caribe (ou das Antilhas).

Conquista espanhola

Depois da chegada de Colombo, os espanhóis estabeleceram fortes no litoral da ilha; depois da segunda viagem de Colombo à ilha, a colonização foi estendida para toda a ilha, ocorrendo a escravização de indígenas para a agricultura e cerâmica. A partir de 1520 a colonização espanhola no Haiti teve sua decadência. Depois da decadência espanhola, a partir de 1625, a ilha teve grande influência francesa. Em 1697 a Espanha e a França assinaram o Tratado de Ryswick, que determina a passagem do controle da ilha para a França. Por essa época praticamente toda a população nativa havia sido dizimada pela força e pelas doenças.

Colonização francesa

Abrigados na estratégica ilha de Tortuga, os piratas franceses passaram a ocupar partes da ilha. As tropas enviadas para combatê-los acabaram por se estabelecer na sua porção ocidental. Os conflitos com os espanhóis duraram pelo menos até 1776, quando o terço ocidental da ilha passou definitivamente ao domínio francês. Durante todo o século XVIII os franceses incrementaram a formação da lavoura açucareira na região, importando escravos africanos em grande quantidade. Ao começar a Revolução Francesa, viviam na colônia cerca de 500 mil negros, 24 mil mestiços e 32 mil brancos. O Haiti, proporcionalmente a seu território e sua rentabilidade, podia ser considerado como uma das mais ricas colônias da América, a "pérola das Antilhas".

Independência

O Haiti foi o primeiro país latino-americano a declarar-se independente. Os movimentos insurrecionais da população escrava, numericamente com uma superioridade esmagadora, começaram a se tornar frequentes. Em 1754 havia 465 mil escravos, e a classe dominante era composta por apenas 5 mil brancos, sendo o restante de negros e mulatos livres e brancos pobres. Nesse ano desencadeou-se a revolta do escravo Mackandal, que utilizou os ritos do vodu para aterrorizar os senhores e unir os escravos contra eles. Após quatro anos de guerrilhas, Mackandal foi preso e condenado à fogueira como feiticeiro, mas diz-se que fugiu pouco antes da execução. Em consequencia, os franceses passaram a reprimir o vodu.

A Revolução Francesa, com seus ideais de liberdade, foi o estopim para outra revolta, liderada pelo mulato Vicente Ogé, que acabou preso e supliciado na roda. Mas a rebelião se espalha e os escravos passam a fugir em massa e massacrar seus senhores, estimulados pela própria dissenção entre os brancos sobre o apoio aos revolucionários na França ou a independência da colônia. Financiados pelos ingleses e espanhóis, inimigos dos franceses, negros e mulatos se unem sob a liderança de Toussaint l'Ouverture, um escravo negro que aprendera a ler e adquirira certa cultura intelectual. Em 1794, a França declara a abolição da escravidão nas colônias, conseguindo que Toussaint passasse a apoiar as autoridades francesas. Pouco a pouco seu prestígio foi crescendo entre brancos e negros. Em 1801, após derrotar os ingleses e espanhóis, Toussaint preparou a independência do Haiti como um estado associado à França revolucionária. Em seguida, cuidou da volta dos ex-escravos à lavoura do país quase devastado e preparou um projeto de constituição. Entretanto, o novo governo revolucionário francês, sob o comando do cônsul Napoleão Bonaparte, rejeitou a proposta de Toussaint e mandou o general Leclerc para recuperar a rica colônia. Valendo-se da traição, Leclerc enviou Toussaint para a França, onde morreu prisioneiro. Porém, um dos generais de Toussaint, o ex-escravo e analfabeto Jean-Jacques Dessalines continuou a rebelião e expulsou as tropas francesas, proclamando a independência em 1 de janeiro de 1804. Nomeado governador da ilha, Dessalines se proclama imperador, como Napoleão e unifica a ilha. Dois anos depois, é deposto e morto e o país tem o controle dividido entre Henri Christophe, que funda um reino ao norte, e Alexandre Pétion, liderando uma república ao sul, e voltando o leste aos espanhóis. A unificação do país só acontece em 1820 sob o governo de Jean-Pierre Boyer, que governou como ditador até 1843.

[editar] Intervenção americana

Entre a deposição de Boyer e a intervenção dos Estados Unidos, o Haiti conheceu vinte e um governantes que tiveram final trágico. Digno de nota foi Faustin Soulouque, que, nomeado presidente em 1847, conquistou a República Dominicana em 1849 e foi proclamado imperador, promovendo um renascimento das práticas vodus e apoiando-se nos negros. A luta pela independência dos dominicanos levou à derrocada de seu governo, tendo sido deposto em 1858 e exilado. Dos demais governantes, um presidente foi envenenado, outro morreu na explosão de seu palácio, outros foram condenados à morte e um deles, Vilbrum Sam, foi linchado pelo povo. A economia caótica e a instabilidade institucional levaram os EUA a intervir no país a fim de cobrar a dívida externa. Em 1905, passaram a controlar as alfândegas e, em 1915, invadiram militarmente a ilha e assumiram o governo. A intervenção reorganizou as finanças e impulsionou o desenvolvimento da nação. Os americanos impuseram uma nova constituição e se comprometeram a respeitar a soberania do país. Seguiram-se sucessivos governos da elite mulata. A presença das tropas americanas impediam a anarquia e a guerra civil, porém não puderam conter a fragilidade dos governos nem a constante oposição dos nacionalistas, que não desejavam a continuidade das tropas estrangeiras. Em 1934, os EUA retiraram suas tropas e, em 1941, abdicaram do controle alfandegário.

Era Magloire

Em 1946, uma rebelião popular derruba o presidente mulato Elis Lescot, levando ao poder o negro Dumarsais Estimé, que é destituído por um golpe militar liderado por Raoul Magloire em 1950. Durante o governo de Magloire, é promulgada uma nova constituição que, pela primeira vez, dá ao povo haitiano o direito de eleger diretamente o presidente. Magloire, porém, decide perpetuar-se no poder com o apoio do exército, o que provoca uma violenta reação popular, resultando na renúncia do presidente. Segue-se novo período de instabilidade: nos nove meses seguintes à queda de Magloire, o Haiti conhece sete governantes diferentes. Finalmente, em 1957, após eleições de validade duvidosa, é eleito o intelectual negro François Duvalier.

Era Duvalier

O período mais sombrio na história do Haiti iniciou-se em 1957 com a ditadura de François Duvalier. Médico sanitarista com certo prestígio mundial, devido a suas ligações com o movimento negro, realizara excelente trabalho junto às populações rurais no combate à malária, sendo apelidado de Papa Doc(papai médico). O regime montou um aparato de repressão militar que perseguiu seus opositores, torturando-os e assassinando muitos deles. A repressão era encabeçada pela milícia secreta dos tontons macoutes, cuja tradução é "bichos papões". Apoiado no vodu, Papa Doc morreu em 1971, após ter promulgado uma constituição em 1964 que lhe dera um mandato vitalício e ter conseguido que seu filho menor fosse declarado seu sucessor. Seu filho Jean Claude Duvalier, o Baby Doc, que assumiu o poder aos 19 anos, deu continuidade ao regime de terror imposto pelo pai. Governou até 1986, quando foi deposto por um golpe militar. Os militares que assumiram o poder sucederam-se no governo por vários anos. A esperança de redemocratização surgiu em 1990, quando ocorreram eleições livres e a população elegeu o padre Jean Bertrand Aristide para presidente.

Era Aristide

O Haiti de 1986 a 1990 foi governado por uma série de governos provisórios. Em 1987, uma nova constituição foi feita. Em dezembro de 1990, Jean-Bertrand Aristide foi eleito com 67% dos votos. Porém poucos meses depois, Aristide foi deposto por um novo golpe militar e a ditadura foi restaurada no Haiti.

Em 1994, Aristide retornou ao poder, com auxílio do Estados Unidos. Mesmo assim, o ciclo de violência, corrupção e miséria não foi rompido. Em dezembro de 2003, sob pressão crescente da ala rebelde, Aristide prometeu eleições novas dentro de seis meses. Os protestos contra Aristide, em janeiro de 2004, fizeram várias mortes na capital do Haiti, Porto Príncipe. Em fevereiro, com o avanço dos rebeldes, o ex-presidente foge para a África e o Haiti sofre intervenção internacional pela ONU

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