UNIR PARA VENCER.
Papai está no ano do seu aniversario de 89 anos., em setembro. Em 1948 ele se tornou sobrevivente da grande enchente que arrasou nossa cidade, á época meu pai era um jovem de vinte e sete anos.
Já são passados sessenta e dois anos da tragédia, mas até hoje, relembrando os horrores daquela enchente ou vendo tantas outras que a televisão tem mostrado, papai se emociona, chora.
A bem da verdade todos nós ainda choramos os mortos e as perdas que aquela enchente deixou ao povo voltagrandense. Por incrível que pareça tão grande tragédia acabou se transformando no fator de nossa união. O luto coletivo acabou nos impondo um mesmo ritual e obrigação: reconstruir e recomeçar.
No Amapá vivemos a tragédia do grande naufrágio de 1981, barco Novo Amapá, com cerca de quatrocentos mortos e desaparecidos. Também nós amapaenses choramos quando nos fixamos muito nas lembranças daquele fatídico 6 de janeiro, mas duvidas pairam se o mote de união do povo tucuju está nesse acontecimento. Se não nesse há de estar em algum outro, quem sabe num grande fato de gloria?
Voltemos ao Haiti, aliás, não nos esqueçamos de voltar ao Haiti do grande terremoto. Fala-se, de lá para cá, em seiscentas mil crianças órfãs, duzentos e cinqüenta mil residências desmoronadas, mais trinta mil prédios comerciais no chão, cento e setenta mil mortos., falta de tudo que é básico para a sobrevivência, há excesso de tudo que compromete a sobrevivência e a dignidade humanas. O que pode ser pior?
Eis o que resta então a nação haitiana: transformar toda essa tragédia numa visão comum de futuro, coletiva a ponto de ser a própria memória nacional.
Parece impossível imaginar que alguém do Haiti vá esquecer desse Haiti enquanto viver, portanto, melhor lembra-lo para sobre tamanho sofrimento tornar-se, em fim, uma nação sólida. O mundo não está se desenhando tão mal assim perante os haitianos, se manterá em estado de solidariedade até surgir o novo Haiti.
Não é sofisma dizer que o mundo inteiro chorou quando viu em tempo real o sofrimento dos americanos do norte assistindo a queda do World Trade Center. Mas foi impossível não ver que os americanos se uniram em torno daquele acontecimento., o mundo também, nova ordem mundial surgiu dali, até a questão racial americana pouco anos depois foi repaginada com a eleição do Sr. Obama.
Nós, brasileiros, precisamos acordar, necessitados que estamos de um projeto nacional que renove a nação. As grandes chuvas estão criando um estado de calamidade regional, mas se espalham por todo o Brasil, quem sabe nos conclamando-nos a união nacional.
Dá para perceber que São Paulo é o espelho de todo o Brasil amanhã, especialmente porque as cidades crescem enquanto as chuvas são e permanecerão cíclicas.
NOTAS: 1-O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra defende mudanças na política econômica em caso de uma vitória tucana. 2-Prometeu mudanças nas políticas de juros, câmbio e metas de inflação. 3- Disse: "Não estamos de acordo com a taxa de juros que está aí, com o câmbio que está aí". 4-Quem fala o quer ouve o que não quer., o Sr. Guerra, nesse caso, foi um papagaio de pirata... do Paraguai. 5-Seria bom que o candidato tucano daqui “se incluísse fora dessa”. 6-Algo me diz que o quadro de candidaturas majoritárias será outro mais adiante, prevejo que “o cara” pedirá mimos eleitorais ao Amapá.
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