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domingo, março 21, 2010

PUBLICADO NO DIÁRIO DO AMAPÁ - 22 MARÇO 2010

TOMARA QUE SAIA.
César Bernardo de Souza

Antes que volte a essa pagina no próximo sábado, 27, Waldez já terá se decidido pelo fico ou não fico – dia 31 deve ser o dia escolhido para o anúncio. Seria justo que saísse do governo para concorrer ao Senado, trata-se de alguém que lutou muito para conquistar seus mandatos., até sofreu à exaustão por causa disso.

É preciso lembrar que perdeu sua mãe em maio de 2002, poucos dias antes da Convenção que o indicaria candidato ao governo do Amapá. Fosse fraco ou não tivesse a convicção a movê-lo teria desistido. Agora, dever cumprido, bom governo realizado, confiança no vice governador, amizade construída com Pedro Paulo durante sete longos anos de mandatos tocados a quatro mãos, liderança política consolidada, administração avaliada entre 70 e 80% de aprovação, etc., seria injusto não poder deixar o governo para prosseguir numa trajetória bastante favorável a que chegasse ao Senado.

É claro que Waldez tem opositores, mas fazer o quê? É da política! Eça de Queirós, grande escritor português (1845 – 1900), disse: “Politicos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo”. Henry Kissinger, diplomata americano, disse: “Noventa por cento dos políticos dão aos 10% restantes uma péssima reputação”. Alexander Pope, poeta britânico (1688 – 1744) disse: “Um partido político é a loucura de muitos em beneficio de uns poucos”.

Portanto, Waldez Góes não é uma reinvenção entre políticos e da política- nem de si mesmo. Deve ir adiante porque abriu o caminho que o levou ao governo do estado, tornando-se um bom governador. Poderia ter feito mais? Claro que sim., no Amapá quase tudo está por ser feito. Preencher certos “vazios” foi mérito que o consagrou perante a opinião publica e eleitorado amapaenses. Ele está inserido entre molduras das mais importantes e bonitas fotografias da historia da construção política do Amapá moderno.

Por exemplo, diríamos do primeiro (maior e melhor) projeto parlamentar do Dep. Dalto Martins –PMDB, anunciado com circunstancias em janeiro de 2003: criar a Faculdade de Medicina do Amapá. Noutra ponta estava o Dep. Edinho Duarte, do PMDB de à época, defendendo com unhas e dentes o seu projeto de criação da Universidade Estadual do Amapá. Entre ambos estava o governador Waldez Góes com a autoridade de virar-lhes as costas – como fez o governador Capiberibe para o projeto de criação da UEAP - ou criar uma em detrimento de outra ou criar as duas.

Visionário, mas também fiel a princípios “darcyniano” e “brizolino” pela educação no Brasil e, alem disso imbuído dos compromissos de fazer o governo com justiça social prometido em campanha, Waldez mandou publicar em Diário Oficial a sanção dos dois espetaculares projetos. Imortalizou-se!

Daqui para diante ainda tem mais pelo menos dois projetos imortalizadores que podem ir para a biografia do governador Waldez Góes: o novo e fantástico projeto do Dep. Dalto Martins criando a Faculdade de Medicina Veterinária do Amapá e, igualmente espetacular o projeto do Executivo orçado em cerca de 900 milhões de reais junto à carteira de empréstimos do BNDES com destinação à construção em pavimentação asfáltica de toda a malha rodoviária interna no Amapá.

Muitas outras credenciais de Waldez estão agora na mesa de tomada de decisão, mas as que citamos, penso, são suficientes para animá-lo a prosseguir com sua carreira sem interrupções. Pois é de se perguntar: que dinheiro valeria mais que projetos assim para um povo que não pode mais se deter em sua rajetoria de  autodeterminação?

Nem Eça nem Alexander nem Kissinger, o julgamento do jovem governador Waldez está mais para Castro Alves (S’tamos em pleno mar... dois infinitos. Ali se estreitam um abraço insano, azuis, dourados, plácidos, sublimes... Qual dos dous é o céu? Qual o oceano?.

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