Translate

segunda-feira, maio 31, 2010

PALPOS DE ARANHA.

cesarbernardosouza@bol.com.br


Do ponto P ao ponto B o PT do Amapá pode estar botando o pés na estrada mais longa e tortuosa de sua existência pós oposição no estado. Refiro-me à decisão do PT (ou de patê significativa dele) de deixar o bloco do PP, abraçando-se (de novo) ao PSB, em busca de “resultados” nas duas próximas eleições: majoritária e proporcional.

Pode, o PT, tropeçar na própria historia que o fez sempre vice do PSB no Amapá, ora com Hildegardo ora com Dalva. Num caso, o do Hildegardo, o PT não se viu além de uma espécie de “câmara de eco” do PSB em seu fabuloso discurso pró-desenvolvimento sustentável – o PDSA de antão. Hildegardo se colocou como um “notável” neo petista: distante do trabalhador, mas qualificado interprete e difusor das teses “sustentáveis” que a notabilíssima Mary Alegrette fazia o governo ouvir, decorar e espalhar.

Nesses termos Hildegardo não foi nada importante para o PT, em mesma proporção que o PT nada representou no projeto de poder do PSB. Contudo, à época, o PT já significava números eleitorais imprescindíveis ao projeto de reeleição do PSB, razão pela qual o partido seguiria “dono” da vice governadoria. Mas não mais com a parcimônia do insípido Hildegardo, pois que a Professora Dalva seria a “mudança” do PT na continuidade do governo Capiberibe do PSB, ou do PSB do Capiberibe – como queiram. E o foi!

Dalva assumiu a vice governadoria com um discurso petista muito evidente: reforçar a “política” de formação de quadros do seu partido. Não se afastou dessa “linha” de pensamento até assumir o governo estadual por nove meses, substituição constitucional ao governador renunciante do PSB que saia para disputar uma vaga no Senado Federal. Dalva governadora mostrou capacidade e liderança política em geral... mas foi abandonada pelo PSB. Perdeu a eleição que disputou no governo para o governo abraçada pelo PMDB formal representado pelo senador Gilvam, também em campanha para sua reeleição

Depois em nova eleição Dalva se elegeu deputada federal e, assim, líder petista ( Dalvinha de Lula) negociou espaço para o PT no governo do PDT/PP, de Waldez e P. Paulo. Agora, na extensão do mesmo governo, Dalva quis mostrar-se coerente mantendo o PT no palanque do governador Pedro Paulo. Um bloco refletor: PP/PDT/PT/PC do B/PR. Fortissimo bloco eleitoral.

Em mesma circunstancia que Pedro Paulo ela foi governadora e candidata a governadora sabe, portanto, supõe-se, como montar um bom cenário eleitoral para casos como o seu e do governador. Ou seja, “algo” estaria a lhe dizer que PSB não é a melhor moldura para dar contorno definido às fotografias desse cenário.

E não só por coisas assim que Dalva poderia estar resistindo em levar “seu” PT para as raias do PSB. Ela também não teria como redigir o e-mail que leve ao presidente Lula e à pré candidata Dilma Rousseffe do PT a noticia de que espera-os e a Sarney e Gilvam, ninguém menos que os Capiberibe. E que ela, Dalva e companheiros, querem os quatro (Lula- Dilma- Sarney- Gilvam) entre aplausos e aclamações, erguendo os punhos dos três Capiberibe pedindo votos ao povo para Camilo governador, João Alberto senador, Janete deputada federal.

Muito me engano ou a Dalva está realmente em palpos de aranha. Ainda tem o Temer.

Nota: Muito importante e empolgante a pré candidatura da Dep. Est. Francisca Favacho, do PMDB, a Vice governadora na chapa do também Dep. Est. Jorge Amanajás, do PSDB. Animou-me a oferecer meu nome ao PMDB para disputar a vaga deixada pela deputada no Parlamento.  

Nenhum comentário: