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sábado, julho 03, 2010

PARA PUBLICAÇÃO

MEIAS PALAVRAS.


cesarbernardosouza@bol.com.br

Imagino difíceis a todas as pessoas esses momentos da vida em que precisamos ser bem mais do que parecemos ser. Tem me feito pensar assim o trabalho que realizo no radio no pós Profº. Munhoz no “Debate Positivo” e no “Luiz Melo Entrevista” com o próprio, além de Helden Carlos, Reginaldo Borges e Ulisses Laurindo.

Esses momentos tem sido o desdobramento de quase tudo que dizemos nos microfones dos dois programas, especialmente mais difíceis tem sido os dias seguintes de cada programa do Luiz Melo. Comumente precisamos explicar o que dizemos a agradados e a desagradados, afinal são milhares os ouvintes de radio e muitos os encontros com varias dessas pessoas nalgum “point” da cidade. Dezenas dessas pessoas falam conosco sobre do que gostaram ou não de ouvir, do que gostariam de ouvir mais vezes ou do esperam não mais ouvir de jeito nenhum.

Começo a sentir o peso dessa responsabilidade, tanto mais quanto equilibrado se apresente o atual período político eleitoral, cuja temática logo deixará a copa do mundo no esquecimento. Uma resposta mal dada, uma palavra mal colocada pode dar origem um grande embaraço, desencadear magoas e iras. É tempo, portanto, de muita atenção a “mão que afaga e apedreja” (Augusto dos Anjos) porque os ouvintes prós e contras desses nossos programas são também eleitores atentos do que estejamos a dizer dos seus candidatos. Podem nos colocar no rol “ficha suja do radio”.

Pensando nisso ainda ontem andei perguntando aos meus botões: o que faço para fugir do nada que tenho sido – continuo eu ou continuo nada?

As coisas ditas ou feitas pela metade é o que me incomodam muito, instado a falar delas por dever de oficio tem parecido a alguns a impressão de que estou atacando pessoas e não os fatos. É um calvário! Exemplo?

O Delegado de Policia Civil Ericlaudio Alencar voltou a falar da vigência da “lei do silencio” e do ele que vai fazer para executá-la. Ora, sabemos tratar-se de excelente pessoa e competentíssimo profissional o Dr. Alencar, mas...

Continua dizendo coisas pela metade, visto que a dar confiabilidade às suas palavras teria que estar mostrando também qual e onde está a logística que dará operacionalidade ao seu projeto.

Vai enquadrar empresários, reprimir, fiscalizar, fechar estabelecimentos, confiscar produtos e equipamentos, prender, arrebentar quem esteja transgredindo a lei? Okay, já passou da hora, mas cadê os veículos, combustíveis, agentes policiais auxiliares, outros delegados, escrivães, computadores, papel e tinta, prédios, juízes plantonistas, mandados judiciais e tudo o mais que fundamenta a ação que, ao cabo, produza ao delegado e à sociedade o resultado esperado? É isso.

Quanto ao Dr. Ericlaudio é homem educado, inteligente, bem humorado, ótima companhia em quaisquer circunstancias.



Nota: -Transcorreu anteontem o trigésimo dia de falecimento da D. Ana Bezerra, avó dos meus netos Jéssica, Vili e Camilo. A Missa rezada em sua intenção também o foi pela alma da minha sogra, D. Erotildes Lins Côrte, 27º ano de falecimento. Ambas, respectivamente, avós dos meus netos e dos meus filhos.

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