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quinta-feira, setembro 22, 2011

IJOMA: UM BELO DIA MUITO SÉRIO


DESDE QUANDO RECEBI A NOTICIA DE QUE ERA PORTADOR DE UM CÂNCER ME DISPUS A DUAS COISAS ESSENCIAIS DALI EM DIANTE:  LUTAR COM TODAS AS MINHAS FORÇAS EM BUSCA DA CURA E, COLOCAR-ME À DISPOSIÇÃO DOS DOENTES DE CÂNCER DO AMAPÁ. TENHO FEITO O QUE POSSO POR MIM E AINDA BEM POUCO PELOS OUTROS PORQUE É GRANDE, MUITO GRANDE A LIMITAÇÃO QUE A DOENÇA NOS IMPÕE ATÉ QUE APRENDAMOS A LIDAR MELHOR COM ELA.
MEDIANTE O RECEBIMENTO DA HOMENAGEM ATESTADA PELA AUTORGA DO TÍTULO SUPRA E DO MUITO QUE ELE ME SIGNIFICA, RATIFIQUEI MEU COMPROMISSO AGORA DIANTE DOS OBJETIVOS A QUE SE PROPÕE O INSTITUTO DO CÂNCER JOEL MAGALHÃES – IJOMA. OPORTUNAMENTE PRONUNCIEI NA TRIBUNA DA CÂMARA DE VEREADORES DE MACAPÁ O SEGUINTE DISCURSO:
Exmo. Srs. Vereadores
Sr. Presidente
Outras autoridades civis e militares presentes;
Rev. Pe. Paulo Roberto – Pastores;
Cristãos aqui presentes............... bom dia!


Não tenho conhecimento e serviços prestados suficientes para nomear e destacar pessoas da estrutura funcional do Instituto Joel Magalhães – IJOMA.
Sou cidadão macapaense por decisão dessa Câmara de Vereadores em 2001. Sou cidadão amapaense por decisão da Assembléia Legislativa em 2008, e nessa condição estou aqui para pedir pelo IJOMA. Não falarei sobre o IJOMA.
Pedirei nos seguintes termos:
Raquel Capiberibe todos a conhecemos – Vice Prefeita do grande Município de Macapá (Santana – P. Grande – Itaubal – Cutias – F. Gomes – P. Branca – S. do Navio), Dep. Federal Constituinte, Conselheira do TCE – atualmente Secretária Municipal de Educação (Pedra Branca); foi me visitar assim que soube que estava doente.
O IJOMA foi tema da nossa conversa. Na expectativa de que rediscutisse a minha opinião junto ao governador, seu ilustre sobrinho, o Exmo.Sr. Camilo Capiberibe, disse a ela que o IJOMA não deveria se projetar como “hospital do câncer”do Amapá. Até porque se desse certo, logo se inviabilizaria.
Melhor serviço prestaria o IJOMA se se transformasse no braço financeiro do Governo do Estado e nessa condição atuasse como mantenedor do sistema de oncologia e mastologia público do Amapá. Uma espécie de banco de operações ágeis onde o governo, conveniado, aplicaria recursos e retiraria do instituto serviços rápidos e mais eficientes.
O governo pagaria taxa de administração ao IJOMA, e com ela e mais as doações e captações oficiais, o instituto financiaria sua administração e seus serviços assistenciais aos doentes de câncer mais necessitados.
Por que proponho assim? Por que a manutenção de  um instituto custa caro. Porque o tratamento do câncer custa muito caro. Porque o conforto ao doente não é oferecido pelo SUS, ou plano de saúde. Porque nós doentes não mais lidamos com a palavra esperar: licitação, repasse constitucional de recursos federais, emendas parlamentares, conserto de elevador, cumprimento de Tac. Nossa sobrevivência está em esperançar.
Incidência de câncer é estatística populacional: uma parte da população sofrerá de câncer. O câncer infanto-juvenil é estatística – onde estão nossas crianças cancerosas? Quantas são? Como estão sendo tratadas? Em que famílias elas estão? Que escolas elas têm?
Quero citar o exemplo da Dra. Rosa Célia, cardiologista. Com o apoio de empresas e benfeitores ela criou o projeto Pró Criança Cardíaca, no Rio de Janeiro, e já ajudou a salvar a vida de mais de 18 mil crianças. Ela pediu um milagre colocando o bilhete da loteria debaixo da imagem de Nossa Senhora. Não acertou, mas em seguida recebeu um cheque de R$ 30 milhões: doação do Sr. Eike Batista.
Finalizo com uma pergunta doméstica, do nosso cotidiano: por que a iniciativa privada está construindo prédios enormes e o governo não aponta nenhum que seja seu com destinação à saúde publica?   

Muito obrigado pela oportunidade da pronuncia nesta tribuna municipal.
Muito obrigado pela homenagem, acumulei em minha vida mais de 80 certificados e diplomas, mas o que agora vou receber é dos mais importantes... por razões obvias. 

Macapá, 22 de setembro de 2011.”




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