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quarta-feira, março 07, 2012

REALIDADES QUE PRECISAM MUDAR NO AMAPÁ

 
Em trinta anos de trabalho indo a praticamente todos os recantos do Amapá, esse foi o segundo e único parquinho (brinquedos de parque) que encontrei fora das sedes municipais. O outro, maior e melhor estruturado estava bem no inicio da Ramal do Pracuúba, marginal à BR 156. Essa coisa simples, porém de enorme significado em nossa história de vida ainda é um desafio para a cidadania entre nós.

 
Mas este parquinho ainda não é obra da administração municipal (estamos em território municipal de Serra do Navio), mas esforço da comunidade católica ligada a esta igreja aí: São Sebastião. Nesse inesquecível domingo assisti ao culto dominical junto dessas pessoas., difícil a presença de padre nesses rincões, mas emocionante a manifestação de fé que testemunhei aí.    

 
O culto terminou, logo se poderá ter idéia da quantidade de pessoas presentes, faixa etária bem distribuída, satisfação do culto dominical a Deus. Pode não parecer, mas muitas dessas pessoas fizeram grandes caminhadas para chegar aqui, inclinar a cabeça e agradecer a Deus os dias passados. Certamente pediram por nós ao Criador. São pessoas essencialmente boas.

 

Veja você, os bancos da “igreja” vêm e voltam na cabeça das pessoas de muito boa vontade. Agora eles vão servir aos alegres momentos de lazer e confraternização
 
Nesse dia houve iguarias da roça, sucos de frutas locais e muitos causos e risos. Uma alegria franca e contagiante. Nunca mais voltei aí... infelizmente.

 
Bom, como se vê o parquinho estava na ansiedade das crianças mesmo enquanto assistiam ao culto, seguras pelos braços e debaixo da vigilância dos pais. Agora... o prêmio.


Aqui se pode ver a alegria da criançada. Que diferença há ou vai haver entre essas e outras crianças rurais que nunca dispuseram de um parque, nem como esse? A história de vida.

De tudo elas poderão falar e lembrar quando adultas, mas jamais poderão falar de suas infantes travessuras num parque de praça ou de pátio de escola. É pena e por tão pouco!

Sempre vemos repórteres de televisão perguntando ao apostador o que ele faria se ganhasse um grande premio de loteria. De vez em quando jogo, mas sempre com uma decisão: ganhando ou ficando rico de outra maneira colocarei em cada uma dessas comunidades um parquinho para as crianças. Considero essa carência  um crime contra a infância.           

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