O
FALCÃO ACOMODADO
A
dengue em Macapá também é caso sério, mas depende dos olhos de quem precisa vê-la.
É como nuvem: ora de um jeito ora de outro. Ou seja, o governante a vê de um jeito:
“O atual Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), aponta Índice de Infestação Predial
(IIP) de 1,7% e Índice de Breteau (IB) de 2,00%, caracterizando situação de
médio risco em queda. O primeiro realizado no mês de janeiro apresentou IIP de
3,5% e IB 4,1% o que representa médio risco. Já no segundo ciclo, em abril,
houve uma alta do índice, IIP e IB de 4,1%, passando a situação do município
para alto risco e em maio, no terceiro ciclo os dados apresentaram IIP de 2,0%
e IB de 2,3%, voltando a cair para médio risco”.
Conversa-se
com um médico verdadeiramente de pátio de hospital e houve-se dele que a coisa está
feia., não há mais leitos disponíveis para novos doentes.
O
que fazer com e contra a dengue os que moramos num cidade quase que inteiramente
cercada de grandes áreas deprimidas, o ano inteiro submersas, densamente
habitadas, com as aqui entre nós denominadas ressacas?
Como
primeira resposta prefiro ficar com a parte inicial do espetacular texto do
artigo pastoral de Dom Pedro (O Falcão Acomodado), publicado hoje na imprensa
local (aqui do lado você pode lê-lo clicando em diáriodoamapa e, aberto o
jornal clicar em Artigos).
É
um resposta filosófica que serve a nós e quem sabe a todos., diz
“Um
grande rei ganhou de um amigo dois filhotes de falcão. Imediatamente os
entregou ao mestre encarregado da criação desses pássaros para que, depois de
crescidos e adestrados, servissem durante as suas aventuras de caça. Depois do
tempo necessário, o mestre comunicou ao rei que um dos dois falcões estava
perfeitamente pronto para as caçadas.
– E o outro? – perguntou o rei.
– Lamentavelmente o outro tem um jeito meio esquisito. Talvez tenha alguma doença rara que não conhecemos: nunca sai do galho da árvore onde foi colocado desde os primeiros dias. Nós mesmos temos que levar comida para ele.
– E o outro? – perguntou o rei.
– Lamentavelmente o outro tem um jeito meio esquisito. Talvez tenha alguma doença rara que não conhecemos: nunca sai do galho da árvore onde foi colocado desde os primeiros dias. Nós mesmos temos que levar comida para ele.
O rei convocou os melhores veterinários, médicos e curandeiros do reino, mas ninguém conseguiu fazer com que o falcão saísse do lugar. Generais, conselheiros da corte e cientistas tentaram também, mas o falcão continuava firmemente empoleirado no galho. Dia e noite, o rei o olhava pela janela e o via imóvel, sempre no mesmo lugar. Finalmente decidiu pedir ajuda aos súditos do seu reino: qualquer um podia sugerir um remédio.
No dia seguinte, ao abrir a janela do seu quarto, viu o falcão voar
majestosamente pelo jardim. Logo quis saber quem era o autor do milagre.
Apresentaram ao rei um jovem camponês.
– Você conseguiu fazer o falcão voar, como fez isso? Tem alguma mágica no meio?
- Não - respondeu timidamente o jovem – simplesmente cortei o galho onde o falcão estava parado. Assim ele percebeu que tinha duas asas e começou a voar”.
– Você conseguiu fazer o falcão voar, como fez isso? Tem alguma mágica no meio?
- Não - respondeu timidamente o jovem – simplesmente cortei o galho onde o falcão estava parado. Assim ele percebeu que tinha duas asas e começou a voar”.
Analogamente
temos que ainda é difícil eliminar pneus descartados, esses que são excelente habitat
para o mosquito da dengue, mais frequentemente o Aedes aegypiti.
De
um modo geral as médias e pequenas cidades acumulam pneus usados e não conseguem
descartá-los adequadamente. Mas aqui, o Dr. Eraldo Trindade, secretário
municipal de urbanismo foi o camponês lembrado por D. Pedro: transformou pneus
em jardineiras. Excelente modelo para qualquer cidade: aproveita, previne,
embeleza.
A
baixíssimo custo visto que são insumos, o pneu descartado, tinta, solo e
plantas. Imagino que os pneus tenham sido pintados por emersão.
Em
Macapá estamos sob s rigores climáticos impostos pela convivência com a linha
do equador: clima tropical equatorial. Difícil a nós o cultivo de flores, mas
temos as nossas. Cada cidade pode ter as suas conforme se foi vendo nas
fotografias que postei entre linhas.
Contra
a dengue toda a maneira de lutar vale a pena... tente, experimente.
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