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quarta-feira, maio 16, 2012

NO LUGAR ERRADO


O que você vê nesta fotografia é um espesso boque de aninga – aningal; em área urbana bem central na cidade de Macapá. Não devia estar aí. Estando, é desmazelo.
 Tem cabimento um matagal desse em área densamente habitada? 
Já vi procedente daí varias cobras surucucu.... mortais.
Sobre a aninga: (Montrichardia linifera) é uma planta herbácea, macrófita aquática., família das aráceas. Atinge 4 metros de altura.
A planta é muito utilizada pelos ribeirinhos como cicatrizante, mas pouco se conhece ainda sobre as propriedades químicas, terapêuticas e as suas atividades biológicas.
Os ribeirinhos também a classificam como uma planta venenosa, já que a sua seiva é urticante e causa queimaduras na pele e, em contato com os olhos, pode causar a cegueira.
 Aos poucos a vegetação vai invadindo a rodovia. Não faltam "ecologistas" 
para dificultar a solução para tamanho problema.
A ciência amazônica está de olho na aninga. Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) investigam suas propriedades químicas e Flor e frutos da aninga. As folhas e frutos dessa planta fazem parte da dieta de peixes, tartarugas, peixes-boi, capivaras, bois e búfalos.
 Aninga e canarana dominam toda a enorme superficie do 
grande lago de desembocadura do canal.
Mas no caso presente ela está estabelecida em lugar errado. Não serve, nesse caso, ao seu papel ambiental: contensão das margens, quebra de energia de ondas, alimentação de animais por inexistência deles neste espaço urbano, desuso pelo homem urbano de suas propriedades medicinais.
  Numa margem e outra desse canal estão duas vias urbanas pavimentadas, 
de grande movimentação de veiculos e pessoas. Também por isso o lixo urbano e 
doméstico reforçam a obstrução e a má apresentação de um
 acanal que podia ser até navegável. 
Moradores estabelecidos ao longo desse canal são levados a auto-iniciativas em busca de equilibrio que lhes permita a convivencia homem/ambiente. Porém, nada de eficiente visto que o corte superficial dessa planta a revigora bastante a partir da rebrotação facil e imediata. Pior: incorre-se em crime ambiental.
   Além da aninga, a canarana também obstrui este canal urbano 
natural de escoamento de aguas pluviais e fluviais 
 Bem mais o poder publico que o morador necessita compreender melhor as relaçõe ecológicas inclusas em sistemáticas como essa, especialmente admitindo o homem com centro dos cuidados ambientais. Atuar para preservar espaços naturais de conservação de espécimes da flora e fauna é antes de tudo racional. O que não é possivel é colocar ou manter em mesmo espaço, cidade e cenário natural.

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