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segunda-feira, maio 21, 2012

XUXA


SOFRIMENTO DA RAINHA
Da comunicação rapidíssima que hoje se dá entre as pessoas em todo o mundo, deriva um turbilhão de outras coisas boas e ruins. O Papa Bento XVI acaba de dizer: “o silêncio e a palavra são dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si, para obter-se um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas”.
Sobre o turbilhão de coisas derivadas da forma de se comunicar, Sarney destacou em artigo para jornais a sua convicção sobre o apressamento do tempo: “Estou, ultimamente, certo de que um fenômeno está surgindo no mundo atual: a compressão do tempo. Ele está cada vez mais chato e achatado. Parece que a cada dia fica mais curto”. Teria dito: “a velocidade da comunicação comprimi o tempo de tal maneira que não temos tempo para refletir; o pensamento é atropelado pela corrente de informações e tem dificuldade em se tornar a origem do ato de criar”.
Preso a essa temática ontem não pude deixar de meditar no que ouvia a Xuxa dizer sobre si. No geral interpretei a “surpresa” da artista com o quanto de tempo ela já consumiu com a vida, aparentemente não aquela que podia e queria ter.
Parte das declarações dadas por ela dá a conhecer uma vida que pode se explicar pelo silencio e com palavra a escassez de diálogo autêntico e quase nenhuma união profunda entre Xuxa e pessoas. Recortes de vida que agora se mostram duros e marcantes em sua vida.    
Quanto a nós todos ou maioria de nós, “súditos” ou não, pensávamos que Xuxa vivia vida de rainha. Mas suas declarações deixaram a impressão de que ainda vive o “inferno de Xuxa”.
Ter a mais tempo falado sobre seus tormentos a teria aliviado e libertado para novas relações. Confiar nas pessoas mortais como o fez só agora num meio de comunicação teria produzido uma Xuxa mais profundamente unida ao seu povo. Ela é uma grande artista., como negar?
Falta fechar a conta: comunicação, tempo, Xuxa. Antes, quando lhe tiraram a graça de ser criança não era o tempo da comunicação rápida e fácil como a de hoje. Se denúncia publica tivesse havido a demora e o canal de comunicação teriam sufocado ainda mais a criança Xuxa: não a acreditariam se ferimento físico não houvesse.
O problema é que Xuxa deixou passar tempo demais para fazer o que fez ontem. E não é desse silencio que fala o papa.
Internet é “faca de dois gumes”, o que pode, então, cair nas velocíssimas redes sociais atuais e futuras: silencio ou palavras de Xuxa? Ela deve se prevenir quanto a isso segundo o rebatimento das seguintes palavras de Sarney, em seu artigo de ontem: “a velocidade da comunicação comprimi o tempo de tal maneira que não temos tempo para refletir; o pensamento é atropelado pela corrente de informações e tem dificuldade em se tornar a origem do ato de criar”.
Vimos ontem, dia da comunicação, uma sofrida Xuxa vitima do silencio, mas compreendida pelo Brasil. Portanto, passado o impacto de suas espontâneas declarações conheceremos, em fim, a verdadeira Xuxa.      
      



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