Ontem
publiquei alguns pequenos comentários sobre a cidade de Macapá, causou alguma
repercussão. Visitantes do blog demonstraram interesse em mais e maiores
discussões sobre a cidade.
Tem flores na cidade, mas....
Então
vamos lá. A cidade é costeira, uma parte sobre a planície amazônica, com reentrâncias
para a retroterra. Outra parte, a de terra firme, constitui áreas elevadas,
porém circunscritas a uma cota máxima de altitude ao redor de 7 metros.
Trata-se
de uma cidade praticamente plana, com suave declínio e com muitas áreas deprimidas,
onde ocorrerão acumulação de águas pluviais, fluviais e de uso humano.
Veja a sarjeta no detalhe - bem construida. Mas interceptada,
apresentando tubos de 50 polegadas para vazamento da água.
E atende para a calçada em altissimo relevo. Serve a quem?
Essa
característica impõe tratamentos de diferentes para pavimentação, rede de
escoamento de águas e esgotos, assentamento habitacional, etc.
As
galerias de águas pluviais, por exemplo, quando existentes não tem declive
suficiente a que dê velocidade gravitacional ao volume d’água transportado. Entopem
facilmente. Precisaríamos de mais educação ambiental.
Bonita calçada, mas como passa por aí um cadeirante ou alguem com dificuldade para enxergar?
Contudo,
a topografia da cidade facilita a construção de calçadas, mas o que é falta
delas, a obstrução delas, a impropriedade delas.
O
pavimento das nossas ruas não está dimensionado para o trafego pesado de carros
que temos hoje. No mínimo teríamos que ofertar sarjetas a todas as vias pavimentadas.
Dado a superficialidade do lençol freático (área de planície + período chuvoso
intenso e longo + trafego excessivo), pelo menos nas áreas baixas o projeto de
asfaltamento devia se diferenciar para a devida adequação.
Esta rua apresenta sarjeta, mas o aterro sobre a calçada não está
protegido de sorte a não ser erodido para dentro da galeria.
O
que vemos, todos os anos, são buracos enormes prevalecendo sobre o leito de
praticamente todas as ruas. Sobre tudo isso está a sobrecarga de saco plástico,
garrafa pet, lixo em geral entupindo tudo e com isso contribuindo ainda mais
para a acumulação de água sobre o leito das ruas.
Lá na frente o morador estendeu a entrada da casa para cima da calçada,
mas deixou uma faixazinha para o transito de pessos.
Tudo
é preciso mudar nesse cenário macapanse.
Onde passaria o pedestre, o cadeirante, a criança, o idoso?
O curso da sarjeta está obstruido pelo pneu do carro,
e é nas madrugadas que caem chuvas pesadas.
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