ORA
QUER THA ORA QUER THU.
Quer
saber qual a minha opinião sobre o pedido de impeachment ora tramitando contra
o governador Camilo, do Amapá? É desproposital, sem chance de prosperar.
É
a minha opinião, mas daí dizê-lo sem cabimento vai boa distancia. Daí dizer
como disse o Partido dos Trabalhadores que o único objetivo do pedido dos
professores é “tentar desestabilizar a ação moralizadora do governo do estado
na destinação dos recursos em investimentos que mudam pra melhor a vida das
pessoas”, a distancia é astronômica.
Aliás, é
inimaginável essa afirmação visto que encerra uma clara negação de direitos
elementares de um grupo de trabalhadores que está nas ruas a expensas da Lei 11.738
de 16/07/2008 (O STF
(Supremo Tribunal Federal decidiu por 8 votos a 1, a validade da Lei do Piso
Nacional do Magistério)
Acaso
prospere o tal impeachment o que ganhará esse solidário PT? Um governo de
estado por via transversa, mas legal.
A
nota do PT diz no titulo:“Contra a tentativa de golpe no Amapá”, em defesa do
Estado Democrático e de Direito. Desde aí é contraditória.
O
estado democrático e de direito no Amapá não está correndo risco algum, em que
pese o pedido de afastamento do governador protocolado na Assembléia
Legislativa. Perceba que o fato de tal pedido protocolar-se em balcões da
Assembléia Legislativa põe por terra a tentativa de golpe. Se for procedente e
fundamentado tem que ser admitido, e em havendo admissibilidade tem que
tramitar- isso é manifestação de estado democrático e de direito.
Até
aí nada indica que devamos acreditar aqui em baixo e tão cedo que os deputados
votarão pelo afastamento. Por outro lado, não admitir um pedido legal e
admissível de impeachmente aí sim configura-se a negativa do estado democrático
e de direito.
A
nota do PT no âmbito da sua ambiguidade também reafirma a pujança do estado
democrático e de direito no Amapá, quando diz: “tem certeza que a Assembleia
Legislativa do Amapá, responsavelmente, arquivará o processo”.
E
diz mais a nota: “apenas 1.400 recebem abaixo do Piso Nacional”. Está acusando
o PT: 1.400 recebem abaixo do Piso Nacional. Está criticando o PT: o governo
perdeu-se em mais de sessenta dias de greve por causa apenas de 1400
professores indevidamente pagos.
Mas,
o PT é hoje um grande e esperto partido. Fez política em sua nota:”a origem do
processo é uma representação proposta pelo Sindicato dos Profissionais em
Educação do Estado do Amapá (SINSEPEAP), alegando crime de responsabilidade do
governador pelo não cumprimento da Lei do Piso Nacional da Educação”. Fez
política pura: “O Partido dos Trabalhadores reconhece a legitimidade da luta
dos professores por melhores salários no Amapá, e continuará a apoiar suas
reivindicações, pois, acredita que aumentar a renda destes profissionais,
implica na efetiva melhora da qualidade da educação”.
A
julgar pela nota o PT/AP é hoje um partido muito profissional: ora quer tha ora
quer thu.
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