BELEZA
(César Bernardo
de Souza)
Dourar
o ser sensual é o desejo do sol.
Desconsidera
a alma, é o belo que quer banhar.
Não
gosta o sol, nem de ser nem do que é intelectual.
Busca
no corpo e não n’alma se elevar.
Talvez
transija entre o belo e a cor,
Mas
nunca entre o velho e a sombra.
É
pela juventude que ele morre de amor
Nunca
um corpo dourado lhe causará desonra.
Tolera
corpo e alma em presença da lua.
Aliás,
alma e corpo - tem aí alguma beleza.
Plena,
porém, só a do jovem e a sua.
Sol
é amante mais que o amado: deus.
A
lua ama por arte de travessura: verdade.
Vigor,
beleza, cor, luz, vaidade... sol ou Zeus?
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