Translate

quarta-feira, agosto 08, 2012

ATÉ O QUE È BOM A GENTE ESCONDE.


O QUE È BOM A GENTE ESCONDE.

Não sei se é possível medir o tamanho da participação da imprensa na vida positiva do país, vai ver que alguém já fez ou dia mais dia menos fará. É possível que o povo nem ache necessário tal esforço, pois sempre está sinalizando que sabe bem que Brasil teríamos sem ela. Aqui no Amapá essa medida é muito urgente.
Foto: Divulgação/Agência Amapá
Rubens Ricúpero, simpático e proeminente ministro da Fazenda tornou-se emblemático da imprensa nacional quando disse: “o que é bom a gente mostra o que é ruim a gente esconde”. A imprensa mostrou essa sua opinião limpando uma vidraça através da qual pudéssemos ver a aura do Sr Ricúpero e sua estampa: ídolo de barro.
Atualmente se está à porta do julgamento de crimes perpetrados contra a nação brasileira, vários e graves delitos sintetizados numa palavra: mensalão. . . verbete 
ainda fora dos dicionários.

Imagem
Não é mais necessário que a imprensa fale dos crimes e criminosos arrolados nesse processo, mais ajudará se assestar sua vigilância sobre os juízes que vão atuar nesse caso. Investigar e projetar a reação do povo a resultados desse julgamento é também serviço a prestar ao país, já que longe pode não estar o dia em que outra vez o povo será “carapintada” nas ruas botando cobro a abusos exagerados contra seu bolso e paciência.
No Amapá tudo parece andar de mal a pior, especialmente porque há mais imprensa para esconder que para mostrar. Está a valer, no Amapá, duas imprensas: a que recebe salário e a que se paga a jabá, ambas remuneradas com dinheiro de mesma origem: erário. 
Quando predominantemente a imprensa resolve também esconder o que é bom - como tem ocorrido – prejudica-se gravemente um povo inteiro. Tome-se o caso do procedimento de motoristas e pedestres em Macapá. Prefeitura e governo do estado se empenharam para que a engenharia de transito dotasse boa parte da cidade de faixas de pedestre cuidadosamente pintadas na via publica. Pacientemente fizeram campanhas educativas ensinando e informando uns e outros quanto a direitos e obrigações perante a simbologia desse ícone normativo do transito. 
Excelentes resultados foram produzidos, mas escondidos mesmo se constatando que o tema tem ocupado considerável espaço na grande mídia nacional. Duas verdades: está mais enfatizado na mídia o que não se consegue fazer nas grandes cidades em favor do pedestre; sempre, sempre se omite Macapá do rol das cidades que já conseguiram fazer seus carros pararem a um cidadão atravessando a via urbana sobre a faixa a ele determinada. E não raro, fora dela.
Lamentável, portanto, que a imprensa se imponha limites políticos (e até partidários) menores do que aqueles que nortearam a tese do Sr. Ricúpero, segundo a qual só se esconde o que é ruim.

Nenhum comentário: