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domingo, novembro 11, 2012

REVESTINHA PARA O CELSO

Hoje, dia 11 do onze é aniversário do Celso, o irmão mais velho. Foi um dia feliz para todos nós aqui em Macapá – meu irmão completou 62 anos de vida, graças a Deus.
Ano passado foi ano impar de provação para ele – 11/11/11: 61 (onze do onze de dois mil e onze: 61 anos). Nem nos falamos ao telefone, era tempo de quimioterapia para mim, oito dias antes tinha me submetido à sexta sessão. Outras seis eu ainda faria.
A prioridade era prosseguir com e na vida. Chorar era a maneira que tinha de ficar só comigo mesmo, mas também um cuidado da família em não deixar contra tempo algum me abater ainda mais.
Nenhuma troca de afabilidade com o Celso me foi facilitada, imagino hoje que também para ele foi um golpe duro no dia do seu aniversário... mas foi acertada a medida.
Papai e Celso
 Tenho pelo Celso todos os bons sentimentos que existem ente pessoas, principalmente o acaricio pela enorme capacidade que desenvolveu de sofrer sem reclamar. Vida dura, duríssima, tem o Celso. Agora mesmo em agosto nos vimos no Rio de Janeiro, mas nos despedimos com acenos de mãos porque ele estava dando duro ao volante do caminhão furgão em que trabalha, mas sem ajudante.
No quintal da casa do papai: Vera - Consola - Celso e eu.
Hoje nos falamos bastante ao telefone, ele insistia em saber com estou. Afirmei-lhe convictamente que estou bem, então disse encerrando a ligação: “Então tá bom! Vou fazer um churrasquinho e tomar uma cervejinha para comemorar”. Generoso transferiu a mim o motivo de comemoração. É como ele é.
Servir é uma vocação do Celso: sempre fez com prazer.
Agora mesmo encontrei na televisão o apresentador Gugu assistindo a um haitiano que hoje vive e trabalha no Brasil, depois do ultimo terremoto que arrasou seu país e atingiu duramente sua família. Emocionei-me ao extremo, pois vi naquele homem a força que o Celso tem.
O Ceso sempe foi capaz de reunir amigos, nessa foto ele é o único ou dos poucos 
flamenguista ente vascainos. Até o "Eurico" participa da foto.
 O haitiano trabalha como servente de pedreiro em São Paulo, ganha pouco mais de 600 reais, dos quais manda quatrocentos para a esposa e flhos que ficaram no Haiti.
Esse homem aqui servente de pedreiro era lá em seu país um professor de Matemática, um quase engenheiro civil que o terremoto não deixou chegar à formatura.
 
Dois homens espetaculares: o haitiano e o Celso. Aquele, porém, um exemplo muito melhor do que eu possa servir para o meu irmão. O haitiano enfrenta a vida, suas agruras e o seu destino sem reclamar e sem chorar.
O Celso diferentemente dele chora atoa, principalmente quando acha que estou sofrendo demais ou que já vou morrer – é o que lhe comunica o câncer.
Camilo e Vile desde muito pequenos têm a proteção do Celso
Sempre é generosidade dele, pois sabe que Deus facilitou muito a minha vida dando-o a mim como o irmão mais velho. É um esteio!       
A vida continua, o Celso ainda não conhece essa da fotografia. É a Isadora que hoje participou do churrasco que marcou aqui em Macapá os seus 62 anos: tim-tim!      



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