Translate

terça-feira, fevereiro 19, 2013

VERDADES E JOGO.



A imprensa local está dizendo que o Senador Capiberibe assinou artigo na mídia dizendo que os buracos nas ruas de Macapá são do Prefeito Clécio Luiz – apenas dele. O governador Camilo Capiberibe, seu filho, não teria nada a ver com isso.
Não li o artigo e por isso sobre seu inteiro teor não posso falar, mas fiquei me perguntando: E se o governo federal dissesse que os buracos do Amapá são apenas do governador Camilo, que o governo Dilma Rousseff não teria nada com isso?
Há verdades e verdades nas afirmações públicas que o Prefeito de Macapá e o Governador do Amapá tem feito sobre as parcerias que estariam sendo celebradas entre os dois governos. Falta a eles, ambos, dizerem verdades para o povo – isso está em falta na mídia.
Quanto de erro haveria em dizer, hoje, que o Prefeito Clécio esperava sim muita ajuda do Governador Camilo? É só recuperar “verdades” ditas por eles ao eleitor na campanha.
Está claro que algo não está em equilíbrio na relação administrativa desses dois governantes. Olhando sob o ponto de vista do marketing e dos interesses políticos dos grupos PSB e PSOL, vê-se que falta competência criativa para mostrar que seus lideres podem realizar conjuntamente obras publicas relevantes, sem se destruírem politicamente.
Por que? Muitos por quês: obras municipais não se misturam com obras estaduais em Macapá – o povo sabe distinguir umas e outras; a próxima eleição é mais do interesse do PSB, pois Camilo e Janete tem que ir às urnas em 2014; se o PSOL perder oportunidades eleitorais em 2014 voltará ao quase nada de antes; o Senador Randolfe é muito bom de retórica, mas sua eloquência está mais sobre factoides do que na temática operacional que, de fato, ajudaria o bem estar coletivo; mas, o Senador Randolfe brilha mais que o senador Capiberibe; Macapá é a vitrine de eleições municipais e estaduais – pisoteá-la tira votos, tratá-la bem rende votos; etc.
Todavia, as lideranças do PSB e do PSOL podem construir (e executar) um projeto eleitoral comum para 2014. Mas, o que eles farão com lideranças parceiras especialmente do PT e do PC do B? São “engenharias” que dependem das verdades e verdades que lhes seriam boa argamassa na construção eleitoral/2014.
Uma verdade sobre a qual se equilibram os “donos” do poder, hoje, no Amapá é grandiosa e tem nome: OPERAÇÃO MÃOS LIMPAS.
Outra verdade incomoda: eles sabem o quanto essa operação policial influenciou resultados em 2010 e 2012.
Mais uma verdade cristalina repousa sobre a tal operação policial: se houver inocentação dos lideres políticos presos, ou resultar inocentes alguns deles dentro dos prazos eleitorais, lideranças do PSB e do PSOL se unirão de verdade ou desaparecerão.
E nisso não haverá a menor novidade, data de décadas atrás a decisão que o Amapá tomou de liquidar por meios quaisquer as lideranças políticas mais promissoras – Azevedo Costa, os Barcellos, Papaléo Paes, João Henrique, Waldez óes, Gilvam Borges, Rosemiro Rocha, Roberto Góes e outros já foram devidamente triturados. É o jogo.          

Nenhum comentário: