A
imprensa local está dizendo que o Senador Capiberibe assinou artigo na mídia dizendo
que os buracos nas ruas de Macapá são do Prefeito Clécio Luiz – apenas dele. O governador
Camilo Capiberibe, seu filho, não teria nada a ver com isso.
Não
li o artigo e por isso sobre seu inteiro teor não posso falar, mas fiquei me
perguntando: E se o governo federal dissesse que os buracos do Amapá são apenas
do governador Camilo, que o governo Dilma Rousseff não teria nada com isso?
Há
verdades e verdades nas afirmações públicas que o Prefeito de Macapá e o
Governador do Amapá tem feito sobre as parcerias que estariam sendo celebradas
entre os dois governos. Falta a eles, ambos, dizerem verdades para o povo –
isso está em falta na mídia.
Quanto
de erro haveria em dizer, hoje, que o Prefeito Clécio esperava sim muita ajuda
do Governador Camilo? É só recuperar “verdades” ditas por eles ao eleitor na campanha.
Está
claro que algo não está em equilíbrio na relação administrativa desses dois
governantes. Olhando sob o ponto de vista do marketing e dos interesses políticos
dos grupos PSB e PSOL, vê-se que falta competência criativa para mostrar que
seus lideres podem realizar conjuntamente obras publicas relevantes, sem se destruírem
politicamente.
Por
que? Muitos por quês: obras municipais não se misturam com obras estaduais em Macapá
– o povo sabe distinguir umas e outras; a próxima eleição é mais do interesse
do PSB, pois Camilo e Janete tem que ir às urnas em 2014; se o PSOL perder
oportunidades eleitorais em 2014 voltará ao quase nada de antes; o Senador
Randolfe é muito bom de retórica, mas sua eloquência está mais sobre factoides
do que na temática operacional que, de fato, ajudaria o bem estar coletivo; mas,
o Senador Randolfe brilha mais que o senador Capiberibe; Macapá é a vitrine de
eleições municipais e estaduais – pisoteá-la tira votos, tratá-la bem rende votos;
etc.
Todavia,
as lideranças do PSB e do PSOL podem construir (e executar) um projeto
eleitoral comum para 2014. Mas, o que eles farão com lideranças parceiras
especialmente do PT e do PC do B? São “engenharias” que dependem das verdades e
verdades que lhes seriam boa argamassa na construção eleitoral/2014.
Uma
verdade sobre a qual se equilibram os “donos” do poder, hoje, no Amapá é
grandiosa e tem nome: OPERAÇÃO MÃOS LIMPAS.
Outra
verdade incomoda: eles sabem o quanto essa operação policial influenciou
resultados em 2010 e 2012.
Mais
uma verdade cristalina repousa sobre a tal operação policial: se houver
inocentação dos lideres políticos presos, ou resultar inocentes alguns deles
dentro dos prazos eleitorais, lideranças do PSB e do PSOL se unirão de verdade
ou desaparecerão.
E
nisso não haverá a menor novidade, data de décadas atrás a decisão que o Amapá tomou
de liquidar por meios quaisquer as lideranças políticas mais promissoras – Azevedo
Costa, os Barcellos, Papaléo Paes, João Henrique, Waldez óes, Gilvam Borges,
Rosemiro Rocha, Roberto Góes e outros já foram devidamente triturados. É o
jogo.
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