Curiosidade:
existe mesmo uma base parlamentar de sustentação do governo Camilo Capiberibe na
Assembléia Legislativa? Sustentável ou de ocasião veio de onde e de que?
A
crise governo-educação só aumenta, no dia de hoje os professores reunidos na
sede social campestre endureceram o jogo: querem a revogação da lei de
incorporação da regência de classe. Se não, vão à greve.
Quase
impossível saber quais 13 deputados votaram o projeto do Executivo, pivô da
crise. Sabe-se que Marilia Góes, Charles Marques e Eider Pena votaram contra.
Junior Favacho presidiu a Mesa, se a favor ou contra é sua prerrogativa revelar.
Mais
uma vez é turvo o panorama político/administrativo no Amapá, o momento é de
cautela: governo diz que a coisa corre bem enquanto os trabalhadores endurecem.
Voltamos
a ver nos supermercados carrinhos cheios quase todos, parece que as pessoas
voltaram a fazer compras mensais, porém, com total e inquestionável predomínio de
gêneros de primeira necessidade. O que não é (ainda) sinal de pobreza, mas de alerta.
O
caso a pensar é o seguinte: onde exatamente conflita o discurso otimista do
governo e o carrinho de compras do trabalhador cheio do estritamente necessário
para a alimentação da família?
Justamente
na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional aonde atuam deputados e
senadores em defesa do Amapá apoiando ou não o governo do estado.
Indiscutível
o quanto é (continua) essencial o dinheiro público na economia local. Quanto mais
salário queiram e consigam os servidores públicos maior sua contribuição para o
bem comum interno. O salário é sim parte significativa na economia estadual.
Daqui
a pouco começa o processo eleitoral 2014, tempo de se discutir a participação
dos políticos na vida recém pretérita e futura: onde eles realmente importam
para o cidadão, dentro das suas casas parlamentares (para os seus grupos) ou fora
delas (para o publico)?
Não
raro o estado se mete na vida do cidadão sem o menor cuidado, como não raro não
se mete onde e como devia. O estado faz discursos: governador, senador,
deputado, prefeito, vereador, ministro, desembargador, secretário de estado...
são vozes constitucionais do estado.
Por
que não ouvi-los? Muitas vezes o cotidiano das ruas e dos lares está refletindo
“guerras” partidárias.
Não
está bem claro, ainda, que vozes a seu favor reflete o governador Camilo quando
constrói os seus discursos. Mas é claro o que ele excetua desses discursos: o
que Sarney e Eider tão falando dos seus projetos em execução no estado.
Tudo
bem que oposição é oposição, mas onde se incorpora no discurso do governador o
que andam dizendo e fazendo os senadores João Capiberibe e Randolf Rodrigues? Ambos
são destacados políticos “nacionais”, respeitados pelo que falam para “fora”. Não
estariam eles fazendo ou agindo para “dentro”? De igual forma não fazem e agem
os deputados federais?
Portanto,
qual o tamanho real da base de sustentação parlamentar do governo Camilo?
Essa
informação pode pacificar o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amapá.
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