Translate

segunda-feira, maio 04, 2015

DESONRA: CAMINHO DO PODER.

c-bernardo2012@bol.com.br  
O que vai acontecer com o Brasil nos próximos cinco anos alguns sabem, a maioria dos brasileiros nem desconfia pela simples razão de também não se saber se os representantes e interpretes das leis nacionais querem ou não usa-las com rigor para dar um golpe de morte na corrupção igualmente nacional.
Com pequenos esgares de setores do judiciário federal o país ficou informado de que nunca se roubou tanto, se praticou tanto tráfico de influência, se pagou tanta propina, se atreveu tanto, empresários e prepostos do estado.
Nada disso é novo, sabe-se. Mas, inovadores são os meios técnicos, a tecnologia e o transito usados por corruptores e corruptos para transacionar tão facilmente e por longo tempo tantos bilhões de reais da nação.
Essa coisa vem de muito longe, mas há um período pré moderno a ser considerado. O governo Fernando Henrique começou em 1995, seus ministros não lembro mais a não ser um ou dois pelo que disseram como “pista” para que chegássemos aos dias de hoje: Luiz Carlos Mendonça de Barros e Sérgio Mota.
Mota no início deu o tom: “nosso (PSDB) projeto de poder é para 20, 30 anos”. O outro ministro, Mendonça de Barros, na passagem do governo FHC para Lula, manteve o discurso em pauta:  "(O PT) é o partido político cujos objetivos são: primeiro, tomar o poder; segundo, não sair mais do poder”. Em meio a esse requintado bate boca veio o instituto da reeleição – história requentada.
Mais tarde o Sr. José Dirceu apareceu para dizer: "Não aceito dizerem que nós tenhamos projeto para ficar 20 ou 30 anos no poder, nós temos um projeto democrático. Já demos prova de que podemos sair do governo e ir para a oposição com humildade. Prova disso foram as derrotas do PT."
Depois disso chegamos ao Dr. Joaquim Barbosa pautando o Supremo Tribunal Federal para tratar de uma das consequências daquele, digamos, diálogo –Mota-Barros-Dirceu: o mensalão. Tanto fez e tanto foi que viemos a saber de dois seguimentos de um mesmo mensalão – do PT e do PSDB.
Mais dias pós mensalão para lá e para cá na mídia veio a substitui-lo a “surpreendente” notícia de que o Dr. Joaquim Barbosa “optou” pela aposentadoria. O Brasil mais uma vez não se deu por achado pela turma que planejava assalta-lo e foi dormir ao embalo dos Embargos Infringentes.
Mas os malandros pra valer não tinham sono, lá dentro da Petrobrás (por enquanto) e cá fora no, “fórum” de grandes empreiteiras, estava em andamento o petrolão - um monstro imenso cuspindo fogo e sombra no pobre mensalão.
Mas, créditos divinos!, também lá na incógnita Curitiba mantinha-se acordado um Juiz Federal, até então um tal Dr. Sergio Moro. Como quem não quer nada levou para a cadeia um monte de “monstros sagrados” da corrupção nacional, deu conteúdo à mídia nacional, plantou tornozeleiras eletrônicas acima das plantas dos pés da fina flor dos empreiteiros.   
No mês de agosto de 2014 ele, Sergio Moro, deflagrou o combate mais mortífero empreendido até então pela Justiça brasileira ao crime organizado. Entre mortos e feridos ainda não podemos contar ninguém apesar de ano e qualquer coisa depois do combate deflagrado – já cuidam “aposentar” o Juiz Moro, que talvez tenha sido ingênuo em planejar ações curtas e vitoriosas contra a poderosa organização criminosa “sem chefe”.
Aliás, digo isso sem acreditar nisso. Sei que o Dr. Moro sempre teve e tem certeza e consciência de que o bom combate do estado contra seus grandes inimigos, não permite concessões de parte a parte – delação premiada é instrumento da boa lei.
Dr. Moro sabe que aqui fora a população está a seu favor aplaudindo seus questionamentos e trato com seus opositores. É assim porque essa população vê nele a autoridade que age em nome da ampla liberdade de imprensa e de manifestação, que são, no caso da “bomba atômica” que ele está manipulando, valores democráticos que lhe dão segurança e reforçam sua autoridade.
Petrolão é, digamos, privilégio do Brasil. Seus protagonistas, de cabo a rabo, sabem de máximas filosóficas tão importantes quanto os objetivos de cada um nessa história escabrosa: na guerra, qualquer guerra, a primeira vítima é a verdade, a segunda será, sempre, a democracia; e, os caminhos da glória levam apenas ao túmulo.  

 

 

 

Nenhum comentário: