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terça-feira, fevereiro 16, 2016

CARTAS PARA DEUS.

c-bernardo2012@bol.com.br

O filme Cartas para Deus é triste de ver, pesado demais para se ir do início ao fim da história sem copiosas lagrimas. Com muita inspiração os diretores Patrick Doughtie e David Nixon dramatizaram sutilmente a história de um menino de 8 anos que descobre que tem câncer e, movido por sua fé, passa a escrever cartas diárias para Deus. Que vão mudar vidas aqui na terra mesmo.
Mas é um filme necessário para todos os que contraem o câncer, para os seus familiares e amigos é indispensável. Diante da doença inteirar-se plenamente da nova realidade é coisa que ajuda a passar melhor pela tormenta.
O garoto é extraordinário, luta com fé, força e graça contra a doença que lhe causa tanto sofrimento. Em suas cartas pergunta: “Por que estou doente Senhor? O remédio é muito ruim....Fico feliz de ter saído do hospital, mais do que isso eu queria que minha mãe risse de novo”.
O menino é lúcido, luta por si, diverte as pessoas, conforta a mãe e o irmão, escreve mais e mais para Deus e morre. Suas cartas, no entanto, mobilizam uma comunidade inteira que as responde de diversas maneiras. Vidas mudam, o viver comunitário muda.

Aqui no Amapá, dias atrás uma belíssima garota de 10 anos disse na televisão palavras a Deus em favor de sua amiga que despendia todas as suas forças no hospital para “sair da crise”. A leucemia impunha a ela uma rotina tão dolorosa quanto a enfrentada pelo garoto do filme. Amanda cortou seus cabelos para oferecer à amiga Giovanna as suas próprias forças – analogamente foi ela o carteiro do filme Cartas para Deus.
Amanda deu-se a conhecer na televisão ontem, Giovanna morreu hoje. No filme o garoto pergunta se Deus vê as estrelas olhando de cima para baixo, e diz que seu pai ensinou que todas elas foram criadas por ele.
Ora, não sei, não soubemos que combinações de letras Giovanna fazia para conversar com Deus, mas uma de suas cartas chegou ao destinatário: Deus deu a ela uma grande amiga, de verdade, estrela – Amanda. Foi ela, Amanda, quem nos disse, na entrevista que concedeu à Tv Amapá, que a Giovanna vivia o grande dilema de sua brevíssima vida de 12 anos, mas que tinha em Deus um grande amigo, um companheiro.
Tudo bem, mais uma vez o câncer venceu a vida, mas não será capaz de apagar as frases positivistas que Amanda e Giovanna redigiram e enviaram a Deus tão suavemente. Essencialmente, escreveram palavras transformadoras e restauradoras capazes de imediatamente criar novos amigos, nova comunidade solidária.

“Giovanna é muito importante para mim. Quando eu a vi sem cabelo, fiquei assustada, porque ela é muito vaidosa. Ai eu pensei que fazendo isso ela se sentiria bem melhor e enfrentaria o câncer com mais força , muito mais do que ela já está recebendo. E funcionou”, disse Amanda, emocionada.












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